The old Dochia (romanian story in Portuguese)A velha Dochia
Há muito tempo atrás vivia numa pequena vila uma mulher muito trabalhadora, que se chamava Dochia.
Dochia tinha um filho, o Dragobete que era o seu orgulho. Mas um dia, o Dragobete casou-se com uma rapariga e a sua mãe ficou triste porque já não o tinha só para si.
Num dia de inverno, lá para os fins de fevereiro, Dochia que estava ainda zangada com o casamento do filho, mandou a nora à floresta para lavar uns novelos de lã preta no rio e que não deveria regressar a casa se a lã não ficasse branca.
A pobre da rapariga lavou, lavou, mas a lã não mudava de cor. Desesperada com a situação e já com as mãos geladas da água fria do rio, desatou a chorar a pensar que nunca mais poderia voltar a ver o marido. De repente, um velho homem apareceu, deu-lhe uma flor e disse-lhe para pôr a flor na água e lavar a lã de seguida. A rapariga assim fez e a lã depressa mudou de cor ficando branca. E de seguida, regressou a casa feliz.
Quando a rapariga chegou a casa e a Dochia ouviu como a rapariga conseguiu lavar a lã, ficou tão zangada que pensou que a primavera tinha chegado, já que o homem, a quem a nora chamou de Martisor lhe tinha oferecido flores. Então, Dochia cozeu nove pães no forno que levou para a montanha com as suas ovelhas e vestiu nove casacos grossos por causa do frio. Quando lá chegou o tempo mudou rapidamente de frio para calor e Dochia começou a comer um pão e a tirar um casaco por dia, até ficar sem nenhum. Mas assim que despiu todos os casacos, o tempo voltou a mudar outra vez, mas desta vez voltou a ficar frio e ao décimo dia, Dochia já não tinha mais nenhum casaco para vestir, Percebeu então que não tinha agido corretamente com a esposa de Dragobete e voltou para casa.
Desde então, os primeiros noves dias de março são conhecidos pelo início da primavera ou pelos dias da Mãe Dochia. Nestes dias, o tempo é sempre tão imprevisível como foi com a velha Dochia na montanha.
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